Histórico São Francisco do Conde

A origem do município de São Francisco do Conde remonta à construção de um engenho, à foz do rio Sergipe atual Sergi – mirim, em terras de sesmaria concedidas por Mem de Sá a Fernão Rodrigues Castelo Branco, em 1561, e que por sua morte passaram a propriedade de sua filha D. Helena, casada com D. Fernando de Noronha, conde de Linhares.

Na primeira metade do século XVII, os frades franciscanos fundaram o primeiro convento no lugar denominado Marapé, a uma légua da povoação, mudando-se em 1629, para o local onde se encontra atualmente a cidade, em terrenos que lhes foram doados por Gaspar Pinto dos Reis e sua mulher. Por Carta Régia de 27 de dezembro de 1693, foi determinada a criação de vilas no Recôncavo Baiano, cabendo a D. João de Lancastre fundar, a 27 de novembro de 1697, a vila que tomou o nome do São Francisco da Barra de Sergipe do Conde, cuja instalação se verificou a 16 de fevereiro de 1698.

São Francisco de Conde teve assinalada participação nas lutas da independência. O Tenente-coronel Comandante Joaquim Inácio de Siqueira Bulcão, natural do Município e primeiro Barão de São Francisco, é mesmo cognominado “Patriarca da liberdade baiana”. No Município nasceu também Mário Augusto Teixeira de Freitas, idealizador e fundador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Segundo a divisão administrativa, vigente em 1º de janeiro de 1958, o município é composto de três distritos: São Francisco do Conde, Mataripe e Monte Recôncavo.

O município guarda um grande patrimônio cultural e uma diversidade de etnias presente no cotidiano da cidade. Sua biodiversidade é riquíssima e possui ainda grande parte da Mata Atlântica. A riqueza do passado se baseava na plantação de cana-de-açúcar que deram inicio ao desenvolvimento econômico da área, atualmente uma das principais é a extração e refino de petróleo RLAM (Refinaria Landulpho Alves Mataripe), homenagem ao engenheiro e político baiano que lutou para conquistar a causa do petróleo na Bahia. O município possui o maior Produto Interno Bruto por habitante segundo IBGE/2009. Dados do jornal O Globo (2011) revela que o mesmo destaca-se pela diversidade da cultura regional herdada do Império Português, e a gastronomia deixada pelos africanos e índios primeiros habitantes da região.

Destaca-se entre esses, o engenho de Cajaíba que foi o mais prospero da região na época. Hoje, a ilha de Cajaíba possui um acervo histórico e cultural muito importante. A casa grande, por exemplo, foi moradia de personagens como Men de Sá, Gabriel Soares e Barão de Cajaíba, este foi líder da Sabinada, importante luta histórica em prol da independência do Brasil. Deve-se destacar também, sua atuação em movimentos importantes de emancipação política no Brasil, como a Revolução dos Alfaiates (1798), Sabinada (1837) e Independência da Bahia (1823).

( O vídeo mostra prédios históricos no centro da cidade, como alguns casarões antigos e do ponto alto parte da igreja do  padroeiro).

     Foto centro da cidade

Foto da arquitetura antiga no centro da cidade.

( Acervo do projeto)

( Acervo do projeto)

Histórico Santo Amaro

A cidade de Santo Amaro está situada no fundo do Recôncavo Baiano. Os primeiros civilizados penetraram na região por volta de 1557, travando uma disputa cruel com os selvagens ocupantes das margens do Sergimirim e Subaé, sendo que antes localizavam-se nas margens do Rio Traripe. Sendo desenvolvida em terraços do Rio Subaé, tendo como núcleo a área formada pela Matriz de Nossa Senhora da Purificação e pela Casa da Câmara e da Cadeia (onde hoje funcionam a sede da Prefeitura e a Câmara de Vereadores). Santo Amaro também apresenta grande importância e participação na independência. De 1557 a 1572 deu-se a expecional expansão colonizadora do Recôncavo, construindo-se vários engenhos, entre eles Conde e Marapé, fundados por Mem de Sá e em 1878 existiam em Santo Amaro 129 engenhos de açúcar, daí se percebe a importância dos engenhos em Santo amaro. Em divisão territorial datada de 1993, o município é constituído de 3 distritos: Santo Amaro,  Acupe e Campinhos. Sendo Acupe um dos principais distritos de Santo amaro da purificação, ela é uma comunidade de origen indígena e africana e é conhecida por manifestações culturais criados por escravos em sua maior parte Nagô. No mês de julho acontece em Acupe uma das sua maiores manifestações culturais que é o “Nego Fugido” ,acontece apresentações durante todos os domingos deste mês transformando as ruas em um teatro que contam a historia da perseguição,captura e libertação dos escravos fujões.

Praça da Purificação (Acervo do projeto)

Praça da Purificação (Acervo do projeto)

Entrevista com Zilda Pain no município de Santo Amaro da Purificação em data 11 de setembro de 2012. A entrevistada fala dos senhores de engenhos e do poder econômico que eles tiveram para criar toda cidade.

Município de Saubara

Saubara é um município baiano, localizado no interior da Baía de Todos os Santos, próxima à foz do Rio Paraguaçu. É originada dos índios tendo inicialmente o nome de “Sauvara”, que vem da palavra saúva, que eram as formigas predominantes na cidade. Porém, por ser colonizada por espanhóis teve o seu nome trocado para Saubara.

A freguesia de São Domingos de Saubara surgiu em 1685 com a construção da Igreja dedicada a São Domingos de Gusmão da Saubara que, foi construída para que protegessem os moradores em alto mar. Essa também serviu de quartel general nas lutas pela Independência da Bahia, onde do seu alto podiam se avistar os portugueses vindo ao ataque. Em 1989, a cidade foi emancipada e deixou de fazer parte da cidade de Santo Amaro, a qual deu origem (2012, Wikipédia).

Com o tipo climático úmido, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua área é de 163 km² e a população é composta por 11.201 habitantes (censo 2010). A região apresenta características paisagistas diversificada tendo praias, falésias, áreas de manguezais e mata atlântica com rios e cascatas. Sua rotina muda no verão quando turistas migram para o município em busca das praias banhadas pelas águas tranquilas e mornas.

O acervo cultural da cidade é composto pelo artesanato. As rendeiras, famosas pela renda de bilro e o trançado de ouricuri, produzem bolsas, tapetes e utensílios caseiros artesanalmente. A Sociedade Filarmônica de Saubara, primeira entidade do município formada em 1916, e as caretas de Saubara são também um forte registro da cultura local. As caretas são originárias das lutas pela Independência da Bahia, quando as pessoas usavam o disfarce de careta para levar alimentos aos combatentes e não serem pegos pela tropa portuguesa. Com o final da guerra, o costume virou brincadeira e é tradição até os dias de hoje.

Igreja de São Domingos de Gusmão da Saubara

Igreja de São Domingos de Gusmão da Saubara

A Igreja São Domingos de Gusmão da Saubara, construída  pelos moradores da Ponta de Saubara – região a beira-mar  fundada pelo fidalgo português Braz Fragoso em 1685 – para  que os protegessem em alto mar. A igreja é constituída de pedras  e óleo de baleia,  trazidos por jesuítas espanhóis da Ilha de Itaparica,  junto com a imagem do santo. Ela serviu de quartel general nas lutas  pela Independência da Bahia, onde do seu alto podia-se avistar os  portugueses vindos do mar para o ataque.